Páginas
Seções

Publicado por em abr 4, 2017 em Notícias |

Crítica escolhe os melhores do 1º Festival de Lajeado

O curta-metragem Boa Noite, Charles, produção do Rio de Janeiro dos Irmãos Carvalho foi escolhido como o Melhor Curta-Metragem pelo Júri da Crítica, organizado pela ACCIRS, no 1º Festival de Cinema de Lajeado, ocorrido entre os dias 30 de março e 1 de abril. Integraram o júri os críticos Danilo Fantinel, Jaqueline Chala e Matheus Bonez.
O filme foi escolhido o melhor entre os 55 concorrentes, pois nele a precariedade se transforma em criatividade e inovação. Com muito bom humor, o filme transita entre a animação, o documental, o experimental e o live action, mostrando a dificuldade de fazer cinema. Livre em sua concepção e realização, o filme incentiva qualquer pessoa a se tornar um realizador.Boa Noite Charles
Nas demais categorias foram escolhidos:
Melhor Curta de Ficção: O Deus Neon, de Rafael Duarte e Taís Ennes Marques – Rio Grande do Sul.
Com base em postagens ameaçadoras que se multiplicam diariamente na internet, os cineastas unem o sádico e o masoquista para libertar o torturador que habita em cada um de nós. Neste curta, atuação e linguagem audiovisual revelam o oculto que há por trás de telas brilhantes de um mundo conectado.Melhor Curta Experimental:Autópsia, de Mariana Barreiros – Rio de Janeiro.
Por trazer à tona a violência física, psicológica e social contra as mulheres, apresentando fragmentos de diversos meios de comunicação, o filme escolhido reproduz a agressão diária pela qual elas passam. Num momento em que a discussão de gênero se faz presente, é importante a forma com que a realizadora mescla imagens e provoca reflexão.
Melhor Curta de Animação: O Projeto de Meu Pai, de Rosária Moreira – Espírito Santo.
Ao refletir a situação de abandono familiar muito comum na sociedade, a realizadora cria um paralelo entre seu amadurecimento e a relação com o pai através do traço de sua animação. O resultado é um filme leve e divertido, apesar de sua temática densa.
Melhor Curta Documentário: Cine Paissandu, de Christian Jafas – Rio de Janeiro.
Ao reunir um ilustre grupo de realizadores, críticos de cinema e produtores culturais, o vencedor observa a gênese da cultura cinematográfica nacional sessentista no contexto da ditadura. Mais do que uma ideia de cinema de autor e salas de cinema de rua, este filme registra parte da formação do pensamento cultural brasileiro e coloca o cinema como algo indissociável de nossas vidas.