Eduardo Coutinho é o melhor documentarista na votação dos críticos
A Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), em eleição realizada entre seus críticos associados e convidados, consagrou Cabra Marcado para Morrer, de 1984, como o melhor documentário do cinema brasileiro. A lista dos 100 melhores títulos da produção nacional, encabeçada pelo filme lançado em 1984, inclui três outras obras do cineasta Eduardo Coutinho entre as cinco melhores produções documentais: Jogo de Cena (2007) e Edifício Master (2002) que ficaram em segundo e quarto lugares, respectivamente.
Santiago (2007), de João Moreira Salles, ocupou o terceiro posto, enquanto Serras da Desordem (2006), de Andrea Tonacci, foi o quinto colocado. A pesquisa levou em consideração filmes de diversas épocas e duração, o que levou o curta-metragem Ilha das Flores, produção de 1989, do gaúcho Jorge Furtado, a ocupar a sexta posição entre os 100 melhores.
Na opinião do presidente da Abraccine, o crítico Paulo Henrique Silva, “A escolha por Cabra Marcado não é uma surpresa. O que chama a atenção é essa forte presença de Coutinho, tão significativa que hoje podemos afirmar, sem receio, que sua obra paira muito acima do restante da produção nacional”.
Outros filmes de Eduardo Coutinho entre os 100 melhores são Santo Forte (1999), na 19ª colocação, Peões (2004), na 33ª, O Fim e o Princípio (2005), na 52ª, Theodorico, o Império do Sertão, no 63º lugar, Moscou (2009), na 80ª, As Canções (2011), na 84ª.
A lista completa pode ser acessada no site da Abraccine.
O levantamento é o ponto de partida para o livro Documentário Brasileiro – 100 Filmes Essenciais, que será lançado no segundo semestre de 2017 pela Abraccine, em conjunto com o Grupo Editorial Letramento.