Parasita – Sobre porões, subsolos e escadarias
Por Jaqueline Chalaadaptado a partir do roteiro do programa Na Trilha da Tela que vai ao ar aos sábados, 18h, pela FM CULTURA. Desde que surgiu nos cinemas, Parasita deixou claro que era um dos grandes, senão o grande filme do ano de 2019. Um ano que teve o tema da desigualdade social em destaque através de outras ótimas produções, como Coringa, Os Miseráveis e também o brasileiro Bacurau. O que diferencia Parasita dos demais, porém, é a facilidade com que Bong Joon-ho transita por vários gêneros, da comédia ao terror, sem perder o ritmo da narrativa sequer por um instante. Repleto de camadas e de simbolismos, Parasita é um filme que parece “atravessar” os demais por sua construção e conexão com a realidade em várias partes do mundo. Não por acaso, recentemente a BBC fez uma excelente reportagem sobre os porões reais habitados pela população pobre de Seul, os Banjihas. Parasita traz na arquitetura dos porões os símbolos da opressão de uma classe social que se espreme...
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