Vozes e corpos femininos costarriquenhos na competição de longas latino-americanos
Por Carla Oliveira Neste 47º Festival de Cinema de Gramado, participaram da competitiva de melhores longas-metragens estrangeiros dois filmes dirigidos por mulheres com nacionalidade costarriquenha. Um deles é uma coprodução entre o México e a Costa Rica: Dos Fridas (2018), de Ishtar Yasin, cineasta nascida em Moscou, com plurinacionalidade. O outro é El despertar de las hormigas (2019), de Antonella Sudasassi Furnis, filme que concorreu na seção Forum da Berlinale. Ambos falam sobre corpos femininos. El despertar de las hormigas conta a história de Isabel (Daniela Valenciano), mãe de duas meninas (Isabella Moscoso e Avril Alpizar, agraciadas com prêmio especial do júri), que trabalha como costureira para ajudar no orçamento doméstico. É pressionada pelo marido (Leynar Gómez) a ter outro filho. O marido não é um bruto, é até terno, algumas vezes. São das pequenas e repetidas agressões sofridas pelas mulheres e da dificuldade que têm para tomarem decisões concernentes ao próprio corpo que Antonella Sudasassi quer falar. O filme é bastante naturalista na forma como retrata a influência...
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