“Carro Rei” e os santos motores
Por Pedro Butcher O cinema fantástico sempre foi presente na produção brasileira, mas, recentemente, tem expandido sua presença com o surgimento de uma geração que alimenta enorme entusiasmo pelas possibilidades do formato. Nesse sentido, a presença de “Carro Rei” na competição do último Festival de Gramado, um dos mais tradicionais eventos de cinema do país, é especialmente notável – algo reforçado com a vitória do filme, vencedor de quatro Kikitos pelo júri oficial, incluindo o de melhor longa-metragem nacional. O “rei” do título é um táxi velho que tem voz e alma para o jovem protagonista Uno (Luciano Pedro Jr). Foi nele que Uno nasceu (e por causa disso ganhou esse nome) e foi nele que sua mãe morreu, em um acidente estúpido. Com a ajuda de um tio mecânico (Matheus Nachtergaele), Uno recupera o táxi em ruínas (abandonado depois do acidente que matou sua mãe) e o transforma em uma criatura majestosa. Juntos, passam a liderar uma rebelião silenciosa (para os que não escutam os carros), em que...
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