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Publicado por em fev 29, 2020 em Uncategorized |

Cinéfila Aida Wailer Ferrás, Prêmio Destaque Accirs 2019

Cinéfila Aida Wailer Ferrás, Prêmio Destaque Accirs 2019

Por Fatimarlei Lunardelli O que mais impressiona para quem conversa com a cinéfila Aida Wailer Ferrás, é constatar que ela viveu todas as transformações importantes da história do cinema. Porto-alegrense nascida no bairro Cristal, em 1933. Tinha dois anos quando começou a ver filmes em Quaraí e até hoje, com 86 anos, é presença assídua nas salas de cinema. Não poderia haver pessoa mais adequada para receber o Prêmio Luiz Cesar Cozzatti, com o qual anualmente a Accirs reconhece a cultura cinematográfica no estado. É a primeira vez que se distingue uma personalidade, uma pessoa cuja presença é imprescindível para magia do cinema acontecer, como muito bem afirma Aida, que nos contagia com sua alegria e incrível disposição para a vida. Ela fez parte da criação da Colmeia, a feira de agricultores ecológicos, em 1989, atuou na Biodança, tem formação em yoga, visitou ashram na Índia, é inquieta e criativa. Segue a entrevista, que traz aspectos da formação, trajetória e vida desta figura singular da cena cinematográfica porto-alegrense. Como...

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Publicado por em jun 21, 2019 em Uncategorized |

Os debates do seminário internacional O Estado da Crítica

Os debates do seminário internacional O Estado da Crítica

Por Daniel Feix, presidente da Accirs, artigo sobre o seminário realizado entre 30 de maio e 04 de junho que encerrou as comemorações de 10 anos da Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul. “No momento em que tantos demonizam o pensamento crítico, nada mais pertinente do que discutir a crítica.” A frase é de Enéas de Souza, um dos decanos da crítica cinematográfica gaúcha, e foi proferida no início da histórica conversa com o francês Jean-Michel Frodon após uma das sessões de filmes apresentados no seminário internacional O Estado da Crítica, realizado pela Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul (Accirs), pelo Curso de Realização Audiovisual da Unisinos (CRAV) e pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), em parceria com Aliança Francesa e Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine). Trata-se de uma sentença que serve para descrever tanto a pertinência do evento quanto o seu norte ao longo de todas as atividades, que levaram mais de duas centenas de...

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Publicado por em fev 2, 2019 em Uncategorized |

Porto Alegre dos cinéfilos, uma homenagem aos cineclubes

Porto Alegre dos cinéfilos, uma homenagem aos cineclubes

Por Carla Oliveira, cineclubista, cinéfila e colaboradora na revista digital do Cineclube Academia das Musas e no fanzine Zinematógrafo, especialmente para o site da Accirs. O Clube de Cinema de Porto Alegre, o cineclube mais antigo e tradicional da cidade, foi reconhecido pela Accirs (Associação dos Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul) com o Prêmio Luiz César Cozzatti – Destaque Gaúcho 2018, por sua atividade ininterrupta nos últimos 70 anos. O prêmio é destinado à valorização da produção audiovisual e da cultura do Rio Grande do Sul. Fundado em 13 de abril de 1948, pelo crítico e cinéfilo Paulo Fontoura Gastal, o Clube de Cinema é importante difusor da cultura cinematográfica e seu papel educativo é atestado em suas sessões semanais, nos debates entre seus associados e membros da comunidade presentes. Ciclos de clássicos, produções contemporâneas, valorização do cinema brasileiro e gaúcho (em sessões especiais com a presença de diretores) são alguns de seus feitos. Dentre seus associados (um grupo, a princípio, eclético) emergem pesquisadores, críticos e, sobretudo,...

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Publicado por em fev 14, 2017 em Uncategorized |

Somos Todos a FM Cultura

Somos Todos a FM Cultura

Por Jaqueline Chala. Jornalista formada pela UFRGS, produtora executiva e fundadora da Rádio FM Cultura e membro da ACCIRS desde sua criação. Foi no final de 1988, lá por outubro ou novembro, que ouvi falar pela primeira vez da intenção do Governo do Estado de criar uma rádio chamada Cultura. O nome da emissora e a ideia de imediato me pareceram mágicos. Eu tinha 23 anos e trabalhava na redação da Rádio Cidade (que usava o nome comercial de Rádio AJB, pois pertencia ao Jornal do Brasil). Apesar da pouca idade, tinha trabalhado em outras duas emissoras comerciais e sonhava com o dia em que poderia falar das coisas de que mais gostava: cinema, música, arte, livros, cultura. Sem obrigatoriamente vincular qualquer um destes assuntos aos interesses comerciais do lugar onde trabalhava. Como todas as demais, a Rádio Cidade também tinha um matra (mapa de transmissão) estabelecido pela vontade das grandes gravadoras. As informações que veiculávamos eram sempre relacionadas aos discos mais vendidos, aos best-sellers e aos blockbusters, quando...

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Publicado por em jul 27, 2009 em Uncategorized |

A Accirs

A Accirs

O que é a crítica? Crítica é a informação, a análise e o julgamento de uma obra artística; exercer a crítica é detectar qual era o objetivo do realizador e se este foi alcançado; é analisar o filme com as ferramentas da teoria do cinema e da experiência da vida. São múltiplas as definições de crítica, entre as quais poderíamos ainda agregar o termo “dialogar”, pois um texto também dialoga com a obra tratada. Se praticada em mídia diária ou semanal, resulta num serviço prestado ao leitor; se dirigida a iniciados, como nas publicações segmentadas, resulta também num incitamento à reflexão. Aliás, a reflexão é um dos eixos que o cinema desenvolve no Rio Grande do Sul desde, pelo menos, 1948, quando foi fundado o Clube de Cinema de Porto Alegre. Iniciativa de Paulo Fontoura Gastal que completa 60 anos em plena atividade. O cineclubismo, com a exibição e a discussão sistemática de filmes, sem dúvida, contribuiu para que gerações de cineastas viessem a surgir e fossem responsáveis por...

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Publicado por em jul 27, 2009 em Uncategorized |

Comida que tem poder (Estômago, 2007)

Comida que tem poder (Estômago, 2007)

por Marcos Santuário Estômago é a estréia, em grande estilo, do talentoso, simpático e generoso diretor paranaense Marcos Jorge. Discreto e sem estrelismo, com fala mansa e inteligência perceptível, assume, com serenidade algumas de suas influências. Conta que, para construir o universo culinário e filosófico de Estômago deixou-se influenciar pelo prazer sem culpa de A Festa de Babete, de Gabriel Axel, e pela fábula neo-barroca de Peter Greenaway, construída em O Cozinheiro, o Ladrão, Sua Mulher e o Amante. Em sua obra cinematográfica, Jorge trata da ascensão e queda de Nonato, este cozinheiro que vira chef por seu talento especial, cuja temática de vida transita entre dois temas universais: a comida e o poder. Indo mais a fundo: a comida como meio de adquirir poder. Nesta trajetória, ele acaba na cadeia e lá continua um processo de aprendizado, para ele e para o espectador. Além de um roteiro inteligente, inspirado em contos inéditos de Lusa Silvestre, a produção de Marcos Jorge também oferece um banquete visual. Cenas muito bem...

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