Humor anárquico Vs. Minimalismo estéril (sobre Martín Sastre)
por Cristian Verardi Nunca me interessei por videoarte. É uma forma de expressão artística que sempre testou os limites de minha paciência. Por diversas vezes me dispus a mudar de opinião, e sempre caí em armadilhas tediosas e soporíferas ao me aventurar em mostras de cinema e bienais, que invariavelmente estavam infestadas de obras cometidas por artistas egocêntricos que pensavam ser o novo Marcel Duchamp. Sempre detestei o minimalismo estéril, a afetação estética e o experimentalismo hermético (do tipo que sacia apenas o ego do diretor) que fazem parte do universo da videoarte. Porém, foi por acaso que durante a mostra de cinema Beleza Imperfeita (ocorrida na Sala P.F Gastal da Usina do Gasômetro em julho deste ano), dedicada a filmes transgressores, que me deparei com o trabalho de um artista que me fez repensar as possibilidades da videoarte. Martín Sastre, artista uruguaio radicado na Espanha, me surpreendeu com uma obra audiovisual recheada de humor ácido e ironias, que se utiliza de uma avalanche de referências ao universo pop...
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