Dossiê 50º Festival de Cinema de Gramado

Ao completar seus 50 anos, o Festival de Cinema de Gramado consagrou em sua programação a diversidade territorial e sociocultural do Brasil e de países sul-americanos, bem como a pluralidade temática, narrativa e estética comum ao cinema contemporâneo.
Foram exibidos filmes realizados em estados do Sul, Sudeste, Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além de obras co-produzidas por países como Uruguai, Argentina, Peru, Chile, México, Espanha e França.
Após duas edições em formato multiplataforma (online e TV) devido à pandemia de Covid-19, o Festival de Gramado, por meio de seus curadores e comissões de seleção de filmes, se mostrou sensível aos anseios de nosso tempo. De forma geral, os títulos abordaram temas sociais e familiares, sobretudo nas periferias; a crise político-econômica e as precárias relações de trabalho em tempos pandêmicos; as mais variadas pautas identitárias; a potência do feminino, dos grupos LGBTQIA+, das culturas negras e indígenas. Além disso, houve diálogo entre filmes com estética-narrativa clássica e obras autorais, arrojadas e híbridas, com baixo orçamento e muita autenticidade.

Foram muitos os destaques durante o evento, sobretudo longas-metragens como Noites alienígenas (AC), de Sérgio de Carvalho, A mãe (SP), de Cristiano Burlan, Marte um (MG), de Gabriel Martins; 9 (Uruguai, Argentina), de Martín Barrenechea e Nicolás Branca, 5 Casas (RS), de Bruno Gularte Barreto, e Casa vazia (Santana do Livramento, Rivera), de Giovani Borba.
Entre os curtas, chamaram a atenção Fantasma neon (RJ), de Leonardo Martinelli, O elemento tinta (SP), de Luiz Maudonnet e Iuri Salles, O pato (PB), de Antônio Galdino, O Fim da imagem (PR), de Gil Baroni, Último domingo (RJ), de Joana Claude e Renan Barbosa Brandão, Ímã de geladeira (SE), de Carolen Meneses e Sidjonathas Araújo, Sinal de Alerta Lory F (Porto Alegre), de Fredericco Restori, Drapo A (Encantado), de Alix Georges e Henrique Lahude, Possa Poder (Porto Alegre), de Victor Di Marco e Márcio Picoli, Apenas para registro (Porto Alegre), de Valentina Ritter Hickmann, A diferença entre mongóis e mongolóides (Porto Alegre, Canoas), de Jonatas Rubert, Mby’á nhendu – o som do espírito Guarani (Porto Alegre, Maquiné e Camaquã), de Gerson Karaí Gomes, O abraço (Porto Alegre), de Gabriel Motta, e Mora (Porto Alegre), de Sissi Betina Venturin.

Participaram do Júri da Crítica do 50º Festival de Cinema de Gramado Ivonete Pinto e Victor Hugo Furtado, pela Accirs, Carlos Helí de Almeida e Bárbara Demerov, pela Abraccine, e Luiz Carlos Merten, nosso convidado especial. Maria Caú integrou o júri do Prêmio Assembleia Legislativa de Cinema – Mostra Gaúcha de Curtas 2022. Já o Júri da Accirs para esta mostra teve a participação de Bruna Haas, Daniel Dalpizzollo, Leonardo Bomfim, Pedro Henrique Gomes e Roger Lerina. Mônica Kanitz, vice-presidente da Accirs, fez parte da comissão de jurados do Prêmio Sedac/Iecine de Longas-Metragens Gaúchos (veja os vencedores aqui), enquanto Danilo Fantinel, presidente da Accirs, compôs a comissão de premiação do Prêmio Especial Gramado 50 Anos juntamente com a crítica associada Daniela Strack e a produtora de cinema Aletéia Selonk.
Abaixo, críticos de cinema ligados à Accirs e à Abraccine comentam alguns dos filmes do festival:
Adriana Androvandi, Accirs, Correio do Povo
Barbara Demerov – Abraccine, Revista Veja São Paulo
Noites Alienígenas em Gramado: a importância de olhar para o Brasil afora
“Meu personagem principal é sempre São Paulo”, afirma Cristiano Burlan
Amor, sexo e descobertas se fundem em A Porta ao Lado, de Julia Rezende
O Pastor e o Guerrilheiro tem primeira exibição no Festival de Gramado
Fantasma Neon: um filme sobre pessoas invisíveis, mas essenciais
Balanço do 50º Festival de Cinema de Gramado
Bruna Haas Pacheco – Accirs, Vigília Nerd
A Mãe: realidade e emoção abrem o 50º Festival de Gramado
Veja a cobertura completa do Vigília Nerd
Bianca Zasso – Accirs, Website Claudemir Pereira
Carlos Helí de Almeida – Abraccine
Daniel Rodrigues – Accirs, O Estado das Coisas Cine
50º Festival de Cinema de Gramado – Bastidores e Premiados
Danilo Fantinel – Accirs, Cinematron
Ivonete Pinto – Accirs, Cinema Escrito
A Mãe: Intensidades controladas
Noites Alienígenas: Alienígenas somos nós
O Pato: Lição de cinema vinda da Paraíba
O Pastor e O Guerrilheiro: Pertinências e provocações de um filme para ser discutido
50º Festival de Cinema de Gramado: Balancinho com direito a elogios, Fanon e um protesto doméstico
Luiz Carlos Merten – Convidado especial do Júri da Crítica
Marte Um: Lento e bruto eu mudo/Sei que vem outubro, mas, antes, a mineirada de Contagem
5 Casas: De volta a 5 Casas, e a Dom Pedrito
O Último Animal e Tekoha: O dia em que Carlos Adriano dançou no palco do festival
Noites Alienígenas: O longo caminho até os sons e a voz da periferia
A Mãe: Cristiano Burlan filma nas bordas
Afeto e diversidade no novo cinema brasileiro
Maria Caú – Abraccine, Criticos.com.br, Elviras
O poder da reconstrução da memória no Gauchão do 50º Festival de Cinema de Gramado
Márcio Augusto Sallem – Abraccine, Cinema Com Crítica
Matheus Pannebecker – Accirs, Cinema e Argumento
Entre curtas e longas-metragens, mais de 30 títulos disputam o Kikito
Mais homenageados e uma edição com ingressos solidários
O Clube dos Anjos, de Angelo Defanti
Noites Alienígenas, de Sérgio de Carvalho
O Pastor e o Guerrilheiro, de José Eduardo Belmonte
Noites Alienígenas é o grande vencedor de uma edição politizada e engajada
Paulo Casa Nova – Accirs, Clube de Cinema de Porto Alegre
Robson Nunes – Accirs, Vigília Nerd
O Pastor e o Guerrilheiro costura o passado mirando no nosso futuro
Veja a cobertura completa do Vigília Nerd
Victor Hugo Furtado – Accirs, Papo de Cinema
9: um filme sobre futebol sem futebol
Outros links:
> Júri da Crítica escolhe os melhores filmes do 50º Festival de Cinema de Gramado
> Gramado 50 anos: os vencedores dos Kikitos
> Júri da Accirs anuncia o melhor curta gaúcho do 50° Festival de Cinema de Gramado
> Os vencedores do Prêmio Assembleia Legislativa – 19ª Mostra de Curtas Gaúchos
> Accirs e Abraccine integram júris e comissões nos 50 anos do Festival de Gramado