Nova edição da Teorema é lançada
A vigésima quarta edição da revista Teorema Crítica de Cinema será lançada hoje, 31 de julho, na Palavraria (Rua Vasco da Gama, 165). A publicação traz a análise de 12 filmes e tributos ao ator Philip Seymour Hoffman e aos diretores Eduardo Coutinho e Alain Resnais.
Entre os títulos nacionais, Fabiano de Souza enfrenta O Lobo Atrás da Porta, do estreante em longas Marcelo Coimbra. Outro expoente da nova geração de cineastas brasileiros, Marco Dutra, tem seu Quando Eu Era Vivo examinado por Gabriel Carneiro. Giordano Gio ocupa-se de Sobre Sete Ondas Verdes Espumantes, que também marca a estreia nos longas de Bruno Polidoro e Cacá Nazário. Orlando Margarido reflete sobre o primeiro longa de Daniel Ribeiro, Hoje Eu Quero Voltar Sozinho, obra lançada já em vários países, depois de receber prêmios em festivais renomados como Berlim. Já Emiliano Cunha analisa o documentário Os Dias com Ele, de Maria Clara Escobar.
Fechando o bloco verde e amarelo, a Teorema não poderia deixar passar em branco o desaparecimento de Eduardo Coutinho, morto em fevereiro deste ano. Coube a Enéas de Souza um panorama deste que foi o maior documentarista brasileiro. No bloco internacional, Enéas incumbiu-se de outro inventário triste. Seu artigo é sobre o ícone do cinema francês, Alain Resnais, falecido em março de 2014.
Na continuação dos filmes estrangeiros, o venezuelano Pelo Malo, de Mariana Rondón, é analisado por Christian Petermann. O já assíduo frequentador das páginas da revista, Roman Polanski, desta vez tem o seu A Pele de Vênus apreciado por Fernando Oriente. The Cayons, o mais recente trabalho do outsider de Hollywood, Paul Schrader, é investigado por Marcelo Miranda. Expresso do Amanhã, de Bong Joon-ho, recebe o julgamento de Dudu Wannmacher, neste que é o primeiro filme do diretor coreano falado em inglês. O cinema do mestre taiwanês Tsai Ming-liang ganha análise de Marcus Mello, que discorre sobre a obra-prima Cães Errantes.
A Indonésia está presente na edição através de Ivonete Pinto, que problematiza o polêmico documentário O Ato de Matar, de Joshua Oppenheimer. Vertigo, título original para Um Corpo que Cai, é motivo da capa com a enigmática Kim Novak, e do artigo de Milton do Prado, que diz por que esse Hitchcock lidera a lista de melhor filme de todos os tempos.
A entrevista do mês é com um dos mais importantes críticos e teóricos do cinema, o francês Raymond Bellour, autor dos seminais Entre-Imagens e L’ Analyse du Film. A edição se encerra com um tributo ao ator Philip Seymour Hoffman, morto em fevereiro deste ano, assinado pela também atriz Janaína Kremer Motta, uma entusiasta do trabalho do intérprete. A equipe da Teorema dedica este número à memória do amigo e colega João Carlos Sampaio, grande crítico baiano que nos deixou prematuramente, em um ano que tem sido especialmente cruel com o cinema.
Teorema 24 traz na capa, assinada pelo artista gráfico Flávio Wild, uma imagem da atriz Kim Novak no filme Um Corpo que Cai. A diagramação da revista é de Gustavo Demarchi e a pesquisa de imagens de Renato Cabral. Os editores são: Enéas de Souza, Fabiano de Souza, Flávio Guirland, Ivonete Pinto, Marcus Mello e Milton do Prado.