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Publicado por em ago 14, 2017 em Artigos |

Rifle: frustração e falência do retirante das coxilhas

Rifle: frustração e falência do retirante das coxilhas

Por Danilo Fantinel, especial para o site da Accirs Coração em chamas, mente inquieta, rosto sereno. Dione (Dione Avila de Oliveira) é assim, como um vulcão prestes a explodir na vastidão das coxilhas, irrompendo em meio ao silêncio e à calma que dissimulam sua fúria. Rifle, de Davi Pretto, mira esse homem instável como a pólvora ser induzido à ignição em um contexto degradante. Porém, quando Dione explode seu estrondo é bem menor do que o estrago causado por sua vida sem sentido nos campos ao Sul do Brasil. O tema e a trama do filme roteirizado por Pretto e Richard Tavares são pouco agradáveis, assim como é desconfortável o cotidiano de vários segmentos sociais do interior gaúcho, atualmente comprimidos entre o poderio do agronegócio e a insegurança de um campo anteriormente idílico. Não muito distantes do cinema de fluxo, valorizando planos estendidos, sons e silêncios narrativos ou atmosferas cênicas como forma de imersão fílmica, a dupla de realizadores articula tipos locais para ecoar a falência do homem em...

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Publicado por em ago 14, 2017 em Artigos |

Adeus à platitude

Adeus à platitude

Em artigo publicado na revista Teorema Ivonete Pinto analisa como os filmes Rifle e Mulher do pai redesenham o cenário do pampa na perspectiva do cinema contemporâneo.   Adeus à platitude: o novo cinema gaúcho de Rifle e Mulher do pai Revista Teorema, nº 28, Porto Alegre,  junho de...

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Publicado por em ago 13, 2017 em Artigos |

Rifle aborda a falta de perspectivas

Rifle aborda a falta de perspectivas

Por Adriana Androvandi, especial para o site da Accirs. O diretor Davi Pretto e a equipe da produtora Tokyo Filmes se consolidam entre os talentos recentes da cinematografia realizada no Rio Grande do Sul. O filme Rifle (2016) traz uma característica semelhante a outros filmes do realizador, como o docudrama Castanha, por narrar uma história e ao mesmo tempo fazer um retrato e uma denúncia social. São muitos os aspectos passíveis de análise do filme. Entre eles merecem destaque as cuidadosas direções de arte e fotografia, que alternam cenas de paisagens em descampados e matas, cachoeiras e casas decadentes, fogo de chão e animais. O som também é um precioso registro documental do interior rio-grandense, com o canto dos quero-queros e o vento que zune nas janelas. O roteiro do longa-metragem é, em especial, um trabalho sofisticado, em contraposição ao ambiente rústico que expõe. Resgata um pampa que há muito tempo é região de andarilhos e fronteiras disformes. Pela sua vastidão e difícil vigilância, uma terra praticamente sem lei. Nos primeiros...

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Publicado por em ago 11, 2017 em Dossiês |

Dossiê :: Rifle

Dossiê :: Rifle

Tendo por cenário o interior do Rio Grande do Sul e personagens destinados a um futuro incerto, o filme Rifle propõe uma reflexão na encruzilhada de questões sociais e existenciais. Para mostrar uma vida pacata, da qual emerge a violência, o diretor Davi Pretto contou com o desempenho de um elenco de não atores, com destaque para o protagonista Dione Àvila de Oliveira. No 49º Festival de Brasília, esta produção gaúcha recebeu os prêmios de Melhor Roteiro, Melhor Som e do Júri da Crítica. Além disso, Rifle foi exibido no Festival de Berlim 2017. Lançado na primeira semana de agosto de 2017 em várias cidades brasileiras, o filme recebeu resenhas críticas de associados da Accirs, aqui reunidas. Rifle aborda a falta de perspectivas, por Adriana Androvandi Especial para o site da Accirs, 12 de agosto de 2017 Rifle, de Davi Pretto ***1/2, por André Kleinert Blog Anti-dicas de Cinema, 24 de agosto de 2017. O naturalismo de Rifle, por Chico Izidro Especial para o site da Accirs, 11 de agosto de 2017. Programa Zinematógrafo, por Cristian Verardi,...

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Publicado por em ago 11, 2017 em Artigos |

O naturalismo de Rifle

O naturalismo de Rifle

Por Chico Izidro, especial para o site da Accirs Dirigido por Davi Pretto, Rifle é um filme extremamente naturalista, mostrando o ocaso que vive o interior do país, com as dificuldades, isolamento e insegurança dos poucos pequenos proprietários da região, cercados por grandes fazendas mecanizadas e expansionistas, no caso aqui o Rio Grande do Sul. O filme teve como palco a fronteira próxima ao Uruguai, e grande parte das personagens são interpretadas por atores não profissionais. Eles têm o mesmo nome das pessoas que as interpretam, e apresentam falhas, como dicção ruim, algumas atuações beirando o tosco. Mas tudo isso acaba por engrandecer o longa. O personagem principal é o jovem Dione (Dione Ávila de Oliveira). Ele é solitário, quando interage com outras pessoas, fala pouco e para dentro, mostrando extrema timidez. Ele vive isolado com sua família na área rural da cidade interiorana, que nunca ficamos sabendo qual o nome. Só que um dia Dione vai se rebelar, quando um rico proprietário tenta comprar a pequena propriedade de seus...

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